Pensamento: fonte criadora da vida
Emmanuel no livro Roteiro,
psicografado por Chico Xavier, afirma que as bases de todos os serviços de
intercâmbio, entre os desencarnados e encarnados, repousam na mente. É no mundo
mental que se processa a gênese de todos os trabalhos da comunhão de Espírito a
Espírito.
Desta feita, para a evolução
do Espírito faz-se mister traçar-se um roteiro para sua organização mental e
esforçar-se em segui-lo, sem recuar.
O autor ainda reforça que os
pensamentos são forças, imagens, coisas e criações visíveis e tangíveis no
campo espiritual.
Sendo energia viva, o
pensamento desloca forças sutis, construindo paisagens ou formas e criando
centros magnéticos ou ondas, responsáveis pela emissão e recepção no ambiente.
Essa lei de reciprocidade impera em todos os acontecimentos da vida.
Cada criatura, continua
Emmanuel, recebe de acordo com aquilo que dá e cada alma vive no clima
espiritual que elegeu, procurando o tipo de experiência em que situa a própria
felicidade.
Em outro livro de sua autoria,
“Pensamento e Vida” Emmanuel diz que: “a mente é o espelho da vida em toda
parte.” Ele reforça que o pensamento é força criativa, a estertorar-se da
criatura que o gera, por intermédio de ondas sutis, em circuitos de ação e
reação no tempo.
A mente humana é considerada
como um espelho de luz, emitindo raios e assimilando-os. Daí a necessidade da
transformação do cérebro em preciosa usina de energia superior projetando
reflexos de beleza e sublimação.
Joanna de Ângelis no livro
Momentos de Saúde e Consciência, psicografado por Divaldo P. Franco confirma as
informações de Emmanuel ao dizer que todos estão mergulhados num oceano de
vibrações, de energia, de mentes, sendo afetados por esses conteúdos extra
físicos, mesmo sem saber.
Segundo a autora todo ser
humano é um instrumento de intercâmbio psíquico permanente. Emitindo e captando
vibrações, ideias, energias mentais, sem cessar. Conforme o pensamento seja
direcionado, sintoniza-se com outros da mesma qualidade gerando afinidade.
São as preferências psíquicas
e emocionais que atraem ou repelem ondas correspondentes.
Espíritos desencarnados
convivem com os encarnados comunicando-se mentalmente. Sem que se possa, na
maioria das vezes, percebê-los, eles interferem na existência dos encarnados:
ajudando-os, quando são bons ou perturbando-os, quando maus.
Espíritos de ordem superior
querem se comunicar com os encarnados e partilhar sua sabedoria e o amor que já
conquistaram, mas, para isso, é preciso fazer silêncio interior (mental).
Os próprios Espíritos da
codificação disseram a Kardec na questão 460 de O Livro dos Espíritos que a
alma (encarnada) é um Espírito que pensa e que muitos pensamentos que lhe
ocorrem, a um só tempo, sobre o mesmo assunto, às vezes até contraditórios são
dos encarnados, mas também dos desencarnados.
Os primeiros pensamentos que
ocorrem são dos encarnados, a partir deles sintonizam com tantos outros que
lhes são sugeridos, por afinidade.
Não é diferente em relação aos
grandes homens que revolucionaram as ideias do mundo, quebrando paradigmas e
fazendo o mundo avançar.
Daí ser importante sempre
lembrar (e acreditar) na resposta da questão 459: “a influência dos Espíritos
em nossos pensamentos e ações é maior do que possamos suspeitar, pode-se dizer
que muitas vezes são eles que nos dirigem.”
Conclui-se, então, que estar
encarnado na oportunidade atual, é para que se eduque os pensamentos,
melhorando as escolhas e conquistando a meta traçada e exemplificada por Jesus:
amar a Deus, ao próximo e a si mesmo. Todo o resto são meios de se atingir esse
fim.
REFERÊNCIAS:
FRANCO, D. P. (Joanna de
Ângelis) Momentos de Saúde e de Consciência 3. ed. Salvador, BA:LEAL,
2022.
XAVIER, F. C. (Emmanuel) Pensamento
e Vida 19. ed. Brasília, DF:FEB, 2017.
______________________ Roteiro
3. ed. Brasília, DF:FEB, 2018.
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