II – COLIE 2020 ACONTECE NO LEMA
Com o apoio do 23º CRE (Conselho Regional Espírita) e da
AME (Aliança Municipal Espírita) de Santa Rita do Sapucaí, o LEMA (Lar Espírita
Mãos de Amor) realizou nesse sábado, 11/01/2020 o 2º COLIE – Colóquio sobre
Literatura Espírita.
O objetivo desse encontro é divulgar os livros espíritas e
incentivar a sua leitura, além de também proporcionar a integração entre
Espíritas e simpatizantes num clima fraternal, descontraído, mas com uma
proposta séria e muito necessária, já que nos dias de hoje, o brasileiro está
lendo cada vez menos.
Marcelo de Souza Villela, um
dos organizadores do encontro, iniciou os trabalhos exibindo um vídeo contando
a história do ‘peixinho vermelho’, elaborado pelo grupo Estação Vagalume (www.estacaovagalume.com.br), extraído do prefácio do livro “Libertação
(André Luiz/Chico Xavier).
Marcelo Villela |
Dessa forma, lembrou aos presentes que contar história é
uma forma de estimular o gosto pela leitura. Atitude que deve ser preservada
pelos pais em relação a seus filhos desde o berço.
Durante a tarde literária foram exibidos alguns vídeos
curtos com depoimentos de espíritas, respondendo às seguintes perguntas: qual a
importância de se ler um livro espírita e qual o livro espírita que marcou a
sua vida? Dentro das respostas apresentadas, a maioria citou o livro Paulo e
Estêvão (Emmanuel/Chico Xavier).
Carlos Gomes (NEFA, Itajubá) realizou uma exposição sobre a
importância de se ler os Clássicos Espíritas. Hoje em dia tem sido lançado no
mercado editorial um grande número de livros com a classificação de espíritas,
no entanto, nem todos tem compromisso com a Doutrina Espírita. Há muitos
romances, de fácil e agradável leitura, mas que nem sempre estão de acordo com
os postulados Espíritas.
Citando as principais obras clássicas do espiritismo,
começando pelo livro base da Doutrina, “O Livro dos Espíritos”, Carlos Gomes
destacou uma citação de José Herculano Pires, na introdução desse livro, do
qual foi um dos tradutores para o Brasil:
Carlos Gomes |
“Este não é um livro comum, que se pode ler de um dia para
o outro e depois esquecer num canto da estante. Nosso dever é estudá-lo e
meditá-lo, lendo-o e relendo-o constantemente. Sobre este livro se ergue todo
um edifício: o da Doutrina Espírita.”
Herculano Pires que, segundo Emmanuel, foi o “metro que melhor mediu Kardec” destaca a importância do estudo constante de O Livro dos Espíritos.
Além desse livro foram apresentadas outras obras deixadas
pelo insigne codificador Allan Kardec, muitas delas desconhecidas pelo próprio
Espírita.
Além de Kardec o expositor destacou como leitura
obrigatória do Espírita: Léon Denis, Chico Xavier, Divaldo Franco, Raul
Teixeira, Herculano Pires, Hermínio Miranda e Yvonne do Amaral Pereira, embora
existam outros não menos importantes.
São livros que não podem faltar em uma Biblioteca de um
Centro Espírita, nas Livrarias Espíritas e na Feira do Livro Espírita.
Só assim será possível preservar a base Espírita, a memória
do Espiritismo e combater essa avalanche de livros pseudo-espíritas que tem
chegado às livrarias (inclusive espíritas).
Fiquemos com Kardec: “Melhor é repelir dez verdades do que
admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea”.
Marcelo Villela realizou uma exposição sobre a importância
de se ler o livro “A Gênese”, quinta obra básica, e tão pouco citada, conhecida
ou lida pelos Espíritas.
Marcelo destacou a importância muitas vezes de um escândalo
para se chamar a atenção para um livro. No caso de “A Gênese” estava se
referindo ao ocorrido com a descoberta de algumas alterações feitas da primeira
edição desse livro em relação à quinta (mais conhecida e reproduzida), causando
polêmica no Movimento Espírita, a partir da publicação do livro de Simone
Privato Goidanich, “O Legado de Allan Kardec” em 2018.
De maneira informal foi realizado um “Quis”, com perguntas
sobre livros espíritas. Quem acertava a pergunta ganhava um livro, podendo
ficar com ele ou passar para outra pessoa. Num clima de colaboração todos
participaram alegre e fraternalmente. Mostrando, com essa atividade, que no
Movimento Espírita não deve ter competitividade e sim colaboração em todos os
sentidos. Somos uma só família distribuída em diferentes Casas. E nos reunirmos
de vez em quando é como um encontro de Natal ou de aniversário que comumente as
famílias consanguíneas realizam.
Ao final ainda houve uma troca de livros que os participantes
levaram para esse fim.
Parabéns ao LEMA e à equipe organizadora do evento por essa
iniciativa, pedimos ao Alto as bênçãos que nos fortalece a todos para
cumprirmos a nossa pequena tarefa obrigatória: a divulgação do Espiritismo na
Terra.
Parabéns pelo evento!
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