Mãe Maria recebe e abraça as mulheres que fizeram a diferença no espiritismo
Pelo segundo ano seguido foi
realizado no dia 1º de maio de 2019, no Centro Espírita Amor à Verdade Mãe
Maria em Santa Rita do Sapucaí, MG, o II Encontro sobre os Expoentes do
Espiritismo, o 3E’s.
Esse evento visa homenagear
importantes personalidades do espiritismo conhecidas ou não do público, para
que seus exemplos sejam um incentivo aos espíritas atuais, estimulando cada vez
mais o trabalho no Movimento Espírita.
Geralmente são três
expositores, por isso o título 3E’s, cada um escolhendo um vulto espírita para
pesquisar e discorrer a respeito da sua vida, destacando os pontos principais e
algumas histórias interessantes sobre a personagem escolhida.
A primeira expositora foi
Raquel Siécola Cardoso do Centro Espírita Amor e Caridade Santarritense, da
própria cidade. Raquel escolheu falar sobre a vida de Madame Kardec, a Sra. Amélie
Gabrielle Boudet. Ela destacou a força dessa mulher que acompanhou Allan Kardec
desde o início em sua jornada e continuou o trabalho de divulgação do
espiritismo após a desencarnação do marido. O espiritismo deve muito a esse
casal e mais ainda a essa mulher que, bravamente, manteve-se fiel aos
postulados kardequianos numa disputa de poder entre os membros da Sociedade
Espírita em que vários conceitos estavam sendo modificados dentro da Doutrina.
Raquel Siécola |
Em seguida tomou a palavra o
Sr. Caio Nelson Vono discorrendo sobre a vida de sua tia, a Sra. Camélia Vono
Silva. Uma pessoa com aparência angelical, tanto na fisionomia, quanto no trato
com as pessoas. Dócil, meiga e carinhosa, soube como ninguém criar seus 10
filhos junto ao marido na cidade de Silvianópolis. Quando enviuvou foi morar em
Santa Rita do Sapucaí, trabalhando nas escolas da cidade e no centro espírita.
Caio Vono |
Foi feito um intervalo para
o lanche e para a confraternização entre os presentes para, em seguida ser
ouvida a Sra. Ilma Faria que fez uma narração emocionada sobre sua comadre,
amiga e companheira de trabalho, dona Francisca Celira da Silva, mais conhecida
como dona Chiquita, fundadora da Casa anfitriã.
Intervalo para Confraternização |
Dona Chiquita aos sete anos
de idade saiu de casa em casa alertando sobre uma doença que estava por vir e
pedindo às pessoas que se preparassem. Ninguém entendeu direito seu pedido até
que estourou na Europa e em todo o mundo a gripe espanhola em 1918. Nota-se sua
mediunidade eclodindo desde a mais tenra idade.
Dona Ilma ouviu muitos
conselhos dos Espíritos que orientavam dona Chiquita. Eles falavam o tempo todo
sobre a importância da disciplina na vida. Dona Chiquita trabalhava acompanhada
de muitos amigos espirituais, dentre eles o Dr. Bezerra de Menezes e o Padre
Francisco de Paula Vitor. Além desses amigos, ela era orientada por dois
mestres de outrora que a acompanhavam nessa existência.
Ilma Faria |
Dona Chiquita tinha a
mediunidade da cura, da bicorporeidade, dentre outras. Era procurada por
pessoas de várias cidades e fundou o centro em 1957, sob a orientação dos
Espíritos, colocando-lhe o nome de Mãe Maria.
Perguntado sobre a origem do
nome foi dito tratar-se de uma escrava que era considerada mãe dos outros
escravos porque cuidava de suas feridas, decorrentes da chibata. Proibida pelo
seu Senhor de ajudá-los, saía de madrugada procurando ervas na mata para cuidar
deles. Ao ser descoberta foi colocada num forno para ser queimada viva. Quando
foram abrir o forno encontraram seu corpo intacto e em posição genuflexa.
Uma noite o Dr. Bezerra de
Menezes apareceu para dona Chiquita trazendo Mãe Maria e dizendo que ela estava
trabalhando com ele. Daí a homenagem.
Dona Ilma encerrou sua fala
exaltando a necessidade da fé como potencial energético, como uma energia
luminosa que todos trazemos para nosso Espírito.
São histórias emocionantes
como essas que fazem da Doutrina Espírita um norte, um bálsamo e uma fortaleza
diante das tormentas. Nota-se a persistência e a determinação dessas pessoas
que à época, com tão pouco conseguiram fazer tanto.
Público presente |
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