EMEC VII - ENCONTRO DE MOCIDADES ESPÍRITAS NO CARNAVAL



Foi em um clima de intensa alegria e companheirismo que aconteceu pela sétima vez o EMEC (Encontro de Mocidades Espíritas no Carnaval) durante os dias 2, 3, 4 e 5 de março em um sítio rodeado pela natureza e localizado na cidade de Pouso Alegre – MG.
Contamos com a presença de aproximadamente 40 pessoas, entre jovens inscritos, coordenadores e voluntários, que colaboraram para um encontro tranquilo e muito proveitoso. Tivemos representantes de Pouso Alegre, Itajubá, Pedralva, São José do Alegre, Santa Rita do Sapucaí, Tremembé-SP e São Paulo-SP.

Nos dias atuais parece que sentimentos de empatia e compreensão estão se tornando escassos. Sendo assim, pensou-se em trabalhar como tema do encontro de jovens, a Rede. O objetivo era fazer com que os jovens se reconhecessem parte de um todo maior, e que depende dele também . Entendendo que estamos todos conectados uns aos outros, materialmente ou espiritualmente, e essa interdependência permite a conscientização de que o papel de cada ser é único, por menor que seja, sendo de extrema importância para a harmonia do todo.
“(...) O amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados. A atração é a lei de amor para a matéria inorgânica” (Questão 888 a de O Livro dos Espíritos).
Procurou-se dividir o tema em três estudos que foram trabalhados durante o encontro.
O primeiro estudo aconteceu em forma de jogo quando cada equipe desenvolveu um projeto de impacto social, permutando recursos e interagindo com as demais equipes. O objetivo maior do jogo foi despertar a percepção do jovem de que tudo que parece uma entidade separada, na verdade, é dependente de outras. Cada um tem o seu papel na grande máquina social. Caso alguém resolva não fazer seu trabalho direito uma série de situações prejudiciais acontecem, desde uma simples pedra no feijão na hora do almoço até mesmo a ruptura de uma barragem de mineração. Ao final foram discutidos conceitos como dependência, independência e interdependência.

O segundo estudo aprofundou esta conexão sob o aspecto espiritual, mostrando como nos conectamos uns aos outros o tempo todo através do pensamento. Para esse estudo foi utilizado o livro Mentes Interconectadas e a Lei de Atração escrito por Suely Caldas Schubert, e foram apresentadas as seguintes perguntas: O que fazemos aqui nesse planeta? O que eu faço ou penso repercute, de alguma forma, no Universo? O que fazem ou pensam os demais seres humanos me atinge? Espaço Temporal, algo que aconteceu comigo no passado me influencia hoje? Podemos criar alguma conexão via pensamento? O que é a consciência? E o amor, qual a sua importância no Universo? Há uma nova maneira de pensar a vida?

O terceiro estudo fechou o tema trabalhando a importância da responsabilidade de cada um como espírito integrante dessa rede. O jovem pode se conscientizar como "Eu Espírito" e refletir sobre o que se pode encontrar na Doutrina Espírita  sobre autoconhecimento, evolução, e como tudo isso reflete na contribuição individual de cada ser para a harmonia do todo.

Durante  os estudos os jovens participaram de diversas dinâmicas e atividades que reforçavam o tema central do encontro. Como exemplo pode-se citar a Festa das Lanternas, realizada no sábado à noite. Nessa atividade procurou-se trabalhar a confecção das lanternas pelos próprios inscritos e depois foi contada uma história com as lanternas acesas durante um passeio em torno do sítio. Na história as personagens passam por diversas situações que ilustram o caminho de autoconhecimento que cada um percorre em sua vida através da busca pela luz interior. Uma nova consciência que provoca transformações profundas e só pode ser realmente plena quando compartilhada para o bem de todos.

 Ao amanhecer de cada dia do encontro foram realizadas atividades ao ar livre, movimentando o corpo e a mente como preparação para o dia.


No domingo à tarde aconteceu a oficina de culinária. Dividos em três grupos, os jovens preparam o café da tarde com esculturas em frutas e salada de frutas, pães caseiros recheados e pretzels de banana.




A atividade de encerramento de cada noite foi variada e muito bem recebida por todos os jovens: o EMECFLIX, a história do livro "E a Vida Continua" da série André Luiz, psicografada por Chico Xavier, que foi dividida em três partes e contadas aos jovens por um dos coordenadores. Cada noite a história de livro terminava em um clímax, que estimulava o interesse dos jovens em conhecer o enredo, que só foi concluído no terceiro dia do encontro. A discussão final foi muito proveitosa com diversas dúvidas respondidas e trocas de experiências.
O filme exibido no encontro foi "O Jogador nº1". Na discussão ao final do filme pode-se retomar algumas frases ditas no decorrer do filme como: “Todo aquele que ganha, perde... Não se trata de ganhar e sim de jogar!”, “Eu criei o OASIS porque nunca me senti em casa no mundo real, não sabia como me conectar com as pessoas. Tive medo a vida inteira, até saber que minha vida estava acabando.”, “Afinal, a realidade é a única coisa que é real.”. Frases que provocaram reflexões significativas.
Durante o tempo livre os jovens receberam a tarefa de escolher uma música que tivesse ligação com o tema do encontro. Além de escolher a música deveriam aprender a cantá-la para apresentar no final do encontro. As músicas escolhidas foram: É preciso saber viver – Titãs, No Meu Coração Você Vai Sempre Estar – Tarzan, Tempo Perdido – Legião Urbana.



Fechando o encontro com chave de ouro, foi proposta uma dinâmica de criação. Cada um deveria pensar em uma palavra que representasse o que o encontro significou, em seguida foi distribuído um pouco de arame fino e flexível para cada um representar essa palavra em 3D. De forma proposital o arame não foi cortado então, todos estavam conectados em apenas um pedaço maior de arame, e tiverem que trabalhar com o respeito ao espaço do colega, com cuidado para não puxar o arame do outro e atrapalhar o desenvolvimento. Foi o verdadeiro sentido da Rede em uma só atividade.



A inspiração divina se fez sentir em todos os momentos do encontro e alguns coordenadores conseguiram traduzi-la através de uma música criada durante o encontro e para o encontro, sendo apresentada como prece final.
Foi realmente emocionante assistir os jovens se conectando uns aos outros e entendendo a importância de se reconhecerem como parte de algo maior. Todos escolheram estar ali e aproveitar ao máximo as lições oferecidas e o resultado não poderia ser outro: o fortalecimento dessa família espiritual que formamos ao longo de todos os encontros.
Ficam os nossos agradecimentos a todos que fizeram esse encontro acontecer!   A todas as preces que nos envolveram durante os quatro dias e também a espiritualidade amiga que sempre nos acompanha e auxilia em todos os momentos.
Para a equipe voluntária da cozinha um abraço mais que apertado de gratidão. Vocês esquentaram nosso coração com as melhores refeições!

Que venha o próximo EMEC! Estamos preparados...





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